Relógio

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Corpo do diretor Marcos Paulo é velado no Rio de Janeiro



  • Antonia Fontenelle, Flávia Alessandra e a filha Giulia, e Renata Sorrah chegam para o velório de Marcos Paulo (12/11/12)
    Antonia Fontenelle, Flávia Alessandra e a filha Giulia
    , e Renata Sorrah
    chegam para o
    velório de Marcos Paulo (12/11/12)

corpo do diretor e ator Marcos Paulo Simões está sendo velado na manhã desta segunda-feira (12) na capela 1 do Memorial do Carmo, no Rio de Janeiro. A cerimônia conta com a presença de amigos, parentes e colegas de Marcos, que estava com 61 anos.
As primeiras a chegar foram a esposa do diretor, Antônia Fontenelle, e as ex-mulheres dele, as atrizes Flávia Alessandra e Renata Sorrah. Antônia, atriz que mantinha um relacionamentocom o diretor desde 2007, estava com uma amiga e cercada por seguranças. 
Ao falar com a imprensa, ela lamentou o falecimento do marido, relembrando o câncer do qual ele havia se curado. “Depois de falar que o câncer havia sumido, ele morreu nos meus braços. Foi muito rápido, mas Deus quis assim. Acho que as pessoas do bem vão logo. Perdi um companheiro e um amigo, mas a hora da gente não é a hora dos céus”, afirmou.
De acordo com a atriz, Marcos Paulo estava com febre há cerca de uma semana, o que poderia indicar malária: “Ele já vinha com uma febre com características de malária há uma semana, desde que foi procurar locações na Amazônia”. Ela ainda disse que o diretor “não sofreu” no momento. “A respiração foi parando de repente. Ele não sofreu, morreu em casa”.
Emocionada, Antônia disse que levará boas lembranças de seu relacionamento com Marcos Paulo. “Fica uma história linda, um amor mútuo, uma parceira, um anjo que passou na minha vida”, declarou. Ela ainda adiantou que as cinzas do ator deverão ser jogadas em uma praia em frente à casa do casal, lugar que ele gostava muito.
Questionada sobre a vida profissional de Marcos, que havia acabado de produzir o especial do “Show da Virada”, a atriz disse acreditar que ele já havia atingido sua realização nessa área da vida. “Acho que ele fez tudo o que poderia, não ficou faltado nada”, falou, acrescentando que tem “um carinho especial” pelos trabalhos que fizeram juntos, como “Malhação” e “Vida Divididas”.
Com o marido Otaviano Costa, Flávia Alessandra chegou abraçada à Giulia, fruto de seu relacionamento de 11 anos com Marcos Paulo. Já Renata Sorrah, que foi casada com ele entre 1981 e 1984, estava acompanhada da filha de ambos, Mariana, e seu genro, Hugo Tristão.
As três filhas do diretor, Giulia, Mariana e Vanessa, do casamento dele com a modelo Tina Serina, enviaram uma coroa de flores ao velório. Nela, se lia "Sempre te amaremos. Com muitas saudades, de suas filhas Jujuba, Mari e Vanessa".

Também compareceram ao velório Otávio Augusto, Fernanda Vasconcellos, Malu Mader e Deborah Evelyn, assim como o diretor Dennis de Carvalho.
O pai de Marcos Paulo, Vicente Sesso, não deve estar presente no velório devido à sua idade avançada. Ele já tem 79 anos. O ator Luiz Magnelli lamentou a perda de Marcos Paulo em entrevista ao UOL: “Ele sabia tudo, era muito bom. Adorava trabalhar com ele. Ele era fora de série, não só como diretor, mas como amigo. Vai deixar saudade”.

Malu Mader, que teve um relacionamento com o diretor entre 1984 e 1987, também disse que sentirá falta dele. “Um amigo que deixa saudade. Muita”, afirmou. Já ator e humorista Marcius Melhem lembrou as qualidades de Marcos Paulo. “É triste, muito triste. Era um amigo, diretor, parceiro e companheiro”.

Osmar Prado, ator que foi chamado pelo diretor para trabalhar no filme “Assalto ao Banco Central”, lembrou que ele era liberal em seu trabalho. “Ele era muito bem-humorado, inteligente, ótimo caráter. É o momento de ele descansar. Fez uma belíssima carreira. Era um diretor liberal, tinha confiança no que fazia, não precisava ser autoritário”.
Segundo a Central Globo de Comunicação, o velório acontece até às 16h, quando haverá uma cerimônia de cremação para a família. O corpo será cremado efetivamente amanhã.

Embolia
Marcos Paulo morreu de embolia pulmonar, informou a CGCom. Ele sentiu-se mal em Manaus, onde participava do 9º Amazonas Film Festival acompanhado da esposa, Antônia Fontenelle. Quando os dois retornaram ao Rio de Janeiro, na manhã de domingo, ele estava com febre.  
Na noite do mesmo dia, o diretor começou a passar mal e a atriz ficou assustada. Eles começaram então os preparativos para ir ao hospital, mas Marcos Paulo desmaiou e faleceu às 21h.
Em outubro deste ano, o ator realizou exames de rotina no Hospital São José, em São Paulo,nos quais foi constatada a remissão total de câncer.

Marcos Paulo iniciou tratamento contra o câncer em maio de 2011, quando foi detectada a doença em um exame de rotina. Em agosto, o diretor passou por uma cirurgia para retirada do tumor e, para isso, passou 20 dias internado.
Segundo boletim médico, ele estava com a "saúde perfeita e o câncer do esôfago em total remissão", ou seja, sem a presença de células cancerígenas.
CarreiraFilho adotivo do ator, diretor, produtor e autor de TV Vicente Sesso, Marcos Paulo Simões nasceu em São Paulo no dia 1º de março de 1951 e foi criado no bairro do Bixiga, em São Paulo.
Ele iniciou sua carreira artística fazendo teatro infantil aos 5 anos e cresceu em contato tanto com profissionais do teatro, como os atores Fernanda Montenegro, Francisco Cuoco e Sérgio Britto.
Em 1967 estreou em uma telenovela com "O Morro dos Ventos Uivantes", que foi transmitida pela TV Excelsior, de São Paulo. Nos próximos anos ele trabalhou em folhetins da TV Record e da TV Bandeirantes, como "Ana, a Professorinha" e "Era Preciso Voltar".
Em 1970 iniciou sua carreira na TV Globo com "Pigmalião 70", quando trabalhou ao lado de Sérgio Cardoso e Tônia Carrero. Na novela "O Primeiro Amor", de Walther Negrão, Marcos Paulo,que costumava interpretar galãs, estreou como vilão, interpretando o líder de uma gangue de motociclistas.
Dois anos depois ele fez parte da história da televisão nacional com "Meu Primeiro Baile", primeiro programa gravado em cores da TV brasileira. Em 1975 ele foi escalado para trabalhar na primeira versão de uma novela que marcaria sua trajetória mais tarde, "Roque Santeiro", mas a novela foi censurada.
No teatro,  atuou em “Quando as Máquinas Param" (1971), de Plínio Marcos, e "Deus lhe Pague", de Joracy Camargo. No final dos anos 1970, montou a peça "As Gralhas", de Bráulio Pedroso – pela qual recebeu o prêmio Mambembe como diretor-revelação –, e "Sinal de Vida", de Lauro César Muniz.
Em 1972 estreou no cinema em "Eu Transo... Ela Transa", de Pedro Camargo. Trabalhou nos filmes "Mais que a Terra" (1990), de Elizeu Ewald, Apolônio Brasil (2003), de Hugo Carvana, "Diário de um Novo Mundo" (2005), de Paulo Nascimento, e "Se Eu Fosse Você 2" (2009), de Daniel Filho e dirigiu“Assalto ao Banco Central” (2010).
Ele estreou como diretor em 1978, com "Dancin’ Days", de Gilberto Braga, junto de Dennis Carvalho e José Carlos Pieri. Entre as novelas que dirigiu estão “Brilhante” (1981), “Roque Santeiro” (1985), “Fera Ferida” (1993), “A Indomada” (1997), “Salsa e Merengue” (1996), “Meu Bem Querer” (1998), “Força de um Desejo” (1999), “Porto dos Milagres” (2001) “O Beijo do Vampiro” (2002). Marcos Paulo assumiu um dos núcleos de direção de programas da TV Globo em 1998.

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