Relógio

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Nova musa do sertanejo revela ansiedade pelo 1º show em São Paulo e mira sucesso em 2013






Promessa do sertanejo universitário para 2013, a goiana Camilla Castro quer seguir os passos de seus grandes ídolos no estilo, como Paula Fernandes, Jorge & Mateus e Fernando & Sorocaba, para integrar o grupo das vozes mais conhecidas do gênero no país. Aos, 22 anos, a jovem de Itumbiara (GO) se mudou para São Paulo em 2012, após o lançamento de seu primeiro disco “Meu Refúgio” e desde então está na correria para divulgar o seu trabalho.
Com duas músicas na trilha sonora da novela “Balacobaco” (Record) – “Vem Ser Meu” e “Se Bater Saudade” – a morena faz seu primeiro show na capital paulista no dia 31 de janeiro, no Horabolla’s Bar e revela que há duas semanas perde o sono pensando na apresentação. Considerada uma das novas musas do sertanejo, a cantora conta como está se adaptando à vida em São Paulo e fala sobre as dificuldades para emplacar no meio musical.
 
No disco “Meu Refúgio”, você compôs duas das letras – “Seu Olhar” e “Caiu a Ficha”. De onde vem a inspiração na hora de escrever?
Escrevo as músicas a partir de experiências próprias e também de histórias de amigos. Apesar de ter só 22 anos, já deu para sofrer um pouquinho por amor. Qualquer situação traz inspiração, não tem hora. Tem muita inspiração que vem do ambiente em que nasci e fui criada, a questão da natureza. Você, passando por uma experiência, transmite aquilo com mais verdade, não fica só no mundo das ideias.
Como está a aceitação do disco pelo público?
Eu vejo que meu trabalho tem sido abraçado. As pessoas ouvem, entram na fanpage do Facebook pedindo o disco, deixam recados dizendo que gostaram. Tem sido bacana a repercussão. Logo que gravei, vim para São Paulo e comecei a fazer a divulgação em programas de rádio e televisão. Nesse momento, estou divulgando o trabalho nas rádios do interior, para as pessoas se identificarem mais com a minha música.
Você está aprendendo a tocar viola? O que está achando?
Costumo dizer que meu instrumento é a minha voz. A vida inteira, eu sempre gostei de cantar. Desde que decidi ser uma cantora de sertanejo e levar a sério a carreira, passei a me interessar pelo som da viola e comecei a estudar. É difícil, mas eu sei que vou conseguir. Desde então, eu venho treinando. Faço aula duas vezes por semana. É muito bacana, tenho progredido e me apaixonado cada vez mais pelo instrumento.
Quais as maiores diferenças da vida em São Paulo em comparação à de sua cidade natal?
Itumbiara não tem nem 100 mil habitantes. É uma cidade do interior. Você anda na rua tranquilo, o vizinho entra na sua casa e conversa com você, tem aquela questão da intimidade mesmo. Você está mais próximo das outras pessoas. Aqui em São Paulo, não. O pessoal é meio estressado, por causa do trânsito e do trabalho. É muita correria. Acho que essa é a diferença principal. Mas estou gostando, já conheci muita gente legal aqui.
Está muito ansiosa para o primeiro show na capital paulista?
Estou com frio na barriga. Já faz duas semanas que não durmo direito. Eu sou assim, preocupada com cada detalhe: a roupa, o repertório, o convite, as pessoas que vão comparecer. Estou riscando os dias no calendário para que chegue logo. A preocupação é que tudo saia bem, que tudo dê certo. Dá um frio na barriga, porque é ali que você vai mostrar a que veio e continuar a fazer as pessoas que estão com você acreditarem no seu trabalho. Sempre morei em Goiás e não fazia ideia do tanto que o sertanejo era aceito aqui. Tem muita música que escuto em Goiás que, quando venho a São Paulo, vejo que o pessoal está acompanhando, tocando também.
Por ser mulher e cantar sozinha, é mais difícil obter o reconhecimento no meio sertanejo?
É difícil para todo mundo. Estou atrás do meu espaço. Mas o meio sertanejo é um meio machista. Depois que a Paula Fernandes estourou, abriu essa porta para a mulher dentro do sertanejo. O espaço aumentou, passou a ter mercado. Nunca sofri nenhum tipo de preconceito. Claro, o pessoal costuma olhar e dizer: “Será que essa menina canta?”. Estou nessa fase de provação. Mas as pessoas estão vendo que a minha profissão é essa mesmo. Sou cantora e é o que gosto de fazer e  me dedico. Estou atrás do meu espaço e nada vem fácil pra ninguém, então estou lutando.
Como você se sente, sendo colocada no posto de nova musa do sertanejo, ao lado de figuras como Paula Fernandes, Maria Cecília e Thaeme?
É muito bom. Quando você está no meio de tantas pessoas que admira no meio sertanejo, como a Paula Fernandes a Thaeme, que são bonitas,  é muito bacana. Sempre rola uma brincadeira – até o porteiro do meu prédio agora me chama de gata (risos). É prova de que as pessoas já estão reconhecendo meu trabalho.
Como você se sentiu quando ficou sabendo que duas de suas músicas entrariam na trilha da novela Balacobaco? Foi muito inesperado?
Fiquei muito feliz. Recebi a notícia de que duas músicas minhas entrariam na novela logo que me mudei para São Paulo, então foi um presente maravilhoso de boas vindas. É uma sensação incrível ligar a televisão e escutar minha música na televisão, animando os personagens da trama.
Já pensa em gravar um DVD?
Estamos pensando em gravar outro disco no final de fevereiro. Já comecei a procurar novas músicas. O primeiro disco é mais romântico e no novo queremos trazer a Camilla mais violeira, animada, que pula em cima do palco. Queremos mesclar. Assim que gravarmos, vamos partir para o DVD, planejado para setembro de 2013.
Qual é o principal objetivo para 2013?
Um passo por vez. O segredo é acordar cedo, trabalhar e se dedicar.  Minha meta é ter o trabalho cada vez mais reconhecido, ter minhas músicas nas rádios, ter o meu show. Conquistar o meu espaço. As músicas que estamos trabalhando é “Se Bater Saudade” que é um vanerão e “Vem Ser Meu”, um arrocha.

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