Relógio

quinta-feira, 6 de junho de 2013

'Sentença não resiste a breve análise', afirma defesa de Thor

Os advogados de Thor Batista criticam a sentença aplicada pela Justiça do Rio ontem (5) e afirmam que ela é "absolutamente improcedente", que "não resiste a uma breve análise". O rapaz foi condenado a pagar R$ 1 milhão e prestar serviço comunitário pelo atropelamento e morte de Wanderson Pereira dos Santos, 30.
De acordo com o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos e o criminalista Celso Vilardi, que defendem o filho do empresário Eike Batista, a juíza Daniela de Souza, da 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias, entendeu que o rapaz dirigia a Mercedes-Benz SLR McLaren em alta velocidade "apesar de a perícia descartar essa possibilidade".
"O julgamento se deu contra todas as perícias e todas as provas constantes dos autos. Aliás, chegou-se ao cúmulo de invalidar, além do cálculo dos peritos para determinar a velocidade do carro, a perícia feita no local dos fatos e um exame de sangue, que constatou a embriaguez da vítima", dizem os advogados em nota.
A defesa afirma ainda que recorrerá da condenação e "aguardará o julgamento do Tribunal de Justiça, que certamente inocentará Thor Batista, apreciando o caso com base na prova e na Lei vigente no país".
ACIDENTE
Wanderson morreu em 17 de março de 2012 na rodovia Washington Luís, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense. Thor afirmou na ocasião que dirigia dentro da velocidade permitida (110 km/h), que estava muito escuro no local e o acidente foi "inevitável".
O laudo indicou que Thor dirigia entre 100 km/h e 115 km/h no momento do atropelamento. Laudo anterior, que foi retirado do processo, dizia que ele estava a pelo menos 135 km/h. A Justiça anulou o documento sob a justificativa de que o perito responsável havia tido contato direto com a promotoria mais de uma vez.
Thor afirmou que, como o carro que dirigia é baixo, viu apenas o quadro da bicicleta e um homem negro no meio da pista da esquerda. A rodovia possui duas pistas no ponto onde aconteceu o acidente --a da direita para veículos mais lentos e da esquerda para os que atingem velocidade máxima.
Segundo ele, quando notou o ciclista "já estava em cima dele" e "pisou com força do freio". "O impacto foi muito forte", disse em depoimento. Ele afirmou ainda que sentiu um "solavanco no ombro e no braço, e que o carro não chegou a parar totalmente". O vidro do veículo quebrou no meio e estilhaçou.

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